quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Apontado em 100 homicídios, preso diz ter perdido 'a conta' dos crimes


Alagoas24horas
José Cícero Dionísio dos Santos disse não lembrar quantas pessoas matou
José Cícero Dionísio dos Santos disse não lembrar quantas pessoas matou

Apontado como autor de quase 100 crimes de homicídios em Alagoas e no Rio de Janeiro e com três fugas do sistema prisional registradas, a Polícia Civil de Alagoas apresentou nesta quinta-feira, dia 20, José Cícero Dionísio dos Santos, 30 anos. O preso confessa diversos crimes e afirma ter perdido 'as contas' de quantas pessoas assassinou.
Dionísio foi preso no início da manhã de ontem (19) durante uma abordagem de rotina realizada por militares do 6° Batalhão de Polícia Militar nas terras da Fazenda Livramento, na cidade de Passo de Camaragibe. No momento da abordagem, ele e outro acusado - identificado como Mateus Souza, 19 anos - estariam com um menor sequestrado na cidade de Messias horas antes.
A prisão de Dionísio aconteceu mais de um ano após ele fugir do Presídio Baldomero Cavalcanti junto com outro detento. Na época, ele estava de posse da chave da cela e fugiu na madrugada do dia 2 de setembro pulando o telhado do módulo e escalando a muralha utilizando uma corda de lençóis conhecida como ‘teresa’.
Ele é apontado em cerca de 100 crimes e teria em depoimento confessado grande parte deles. O acusado é apontado no assassinato da dona de casa Valderes Nascimento de Sena, que foi esquartejada em outubro de 2010 na porta de casa, no Conjunto Carminha, e ainda de Noberto Gama dos Santos, morto em abril de 2010, onde a vítima foi degolada e teve a cabeça enfiada em uma estaca.
Em entrevista ao Alagoas24Horas, Dionísio afirmou que cometeu o primeiro crime de homicídio no ano de 2000. Ele alega que, mesmo sendo contratado para matar, nunca teria assassinado uma pessoa inocente. “Se eu matei é porque ele [vítima] fez alguma coisa”, relatou. Questionado sobre os crimes de repercussão no Carminha que estão sendo atribuídos a ele, José Cícero Dionísio não entrou em detalhes.
De poucas palavras, o acusado disse acreditar em Deus e que estaria cansado da vida de assassino profissional. “Ele [Deus] é o que me mantém em pé”, declarou. Quando questionado sobre o que o motivava a cometer tantos crimes e se isso faria se sentir superior às pessoas, se limitou a dizer “somos todos iguais”.
Em depoimento à polícia, Dionísio relatou diversos crimes e teria feito o reconhecimento de suas vítimas através de fotografias. Em vídeo divulgado pela polícia, ele afirma ter perdido as contas de quantas pessoas matou, mas alega que pode reconhecer através de fotografias. “Ele disse em depoimento que teria matado umas 60 pessoas apenas no Conjunto Carminha e que deixou um morto em quase todas as esquinas do Carminha”, destacou o delegado Carlos Reis, diretor de Polícia Metropolitana.
Ainda durante depoimento, ele afirma que teria ido para a cidade do Rio de Janeiro, onde teria sido contratado pelos traficantes ‘Pedro’ e ‘Chiquinho’, que dominavam o tráfico no Morro do Chapadão. “Ele disse que foi contratado na hora quando disse que sua profissão era matar. Lá, ele teria participado de uma chacina com cerca de 100 vítimas durante um confronto com um grupo rival que tentava tomar o ponto de tráfico”, ressaltou o delegado.
Dionísio ficará preso na Casa de Custódia da Polícia Civil e posteriormente encaminhado para o sistema prisional. A expectativa da polícia, com as confissões do acusado, é de que vários crimes sejam esclarecidos nas regiões do Benedito Bentes e nas cidade de Branquinha e União dos Palmares.

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Delegados e coronel apresentaram rol de crimes atribuído a DionísioDelegados e coronel apresentaram rol de crimes atribuído a DionísioCícero Dionísio e Mateus Souza foram presos durante operação de rotina do 6º BPM


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