sábado, 9 de março de 2013

Prostituição no Presídio de Paulo Afonso-BA

Quem observa a aparente calmaria de fora das muralhas do presídio regional de Paulo Afonso, não suspeita que no ambiente, onde pessoas cumprem pena por crimes cometidos nas ruas e bairros da cidade, mulheres que se dizem ” namoradas”, “primas” e “esposas”  estariam entrando na unidade prisional para manter relações sexuais pagas, com detentos.
As falsas “amigas”, “esposas” e “primas”, que frequentam o presídio, são suspeitas de serem mulheres agenciadas por aliciadores que mantém relacionamento “amigável” com presidiários.  O fato intrigante da denúncia é que as mulheres  que se apresentam como companheiras, primas e amigas de presos, não estariam burlando o controle de segurança do presídio.
Elas contariam com a conivência involuntária de servidores públicos, sob o pretexto de propiciar ao detento o direito da visita íntima, como prevê a Lei de Execuções Penais, que teria como objetivo manter o vínculo familiar do apenado. O meio de ressocialização acaba sendo a válvula de escape para o cometimento de novos crimes.
Um agente penitenciário (que terá a identidade preservada) confirmou os encontros sexuais pagos no presídio. Segundo ele, a falta de rigor na triagem dos visitantes e a facilidade de obter o passe livre para entrar no presídio são as principais causas.  ”A facilidade na obtenção do documento de união estável e a concessão da carteira de amiga incentiva esta prática que não é nossa atribuição combater”, diz o agente.
Além das visitas “íntimas” , existe ainda, o comércio de aparelhos de telefonia celular e chips de operadoras diversas. De acordo com informação de dentro do presídio, os celulares  entrariam na Unidade em dias de visitação pela genitália das visitantes, que recebem em torno de R$ 70,00 por aparelho (“mulas”).
Ex-Diretor do Presídio admite o problema
Procurado pela reportagem, o ex-diretor Carlos Alberto Belíssimo, admitiu que o problema pudesse estar acontecendo. O ex-gestor disse ainda, que no ano passado várias permissões foram cassadas, depois da comprovação de que estariam acontecendo casos de prostituição no presídio. “A investigação é constante, mas pode existir a reincidência”, diz Belíssimo.
De acordo o advogado, a expedição de credenciais para parentes dos presidiários é exigida, mas quando se trata de amigos, não teria como pedir provas dos laços de amizade. “É uma previsão legal, a visita de amigos.
No Presídio é realizado o cadastramento de companheiras,esposas e parentes, com base em documentos, mas quando se trata da comprovação de amizades, não temos como fazer este controle com eficácia”.
Carlos A. Belíssimo informou que enquanto gestor, não recebeu nenhuma denúncia a respeito do fato e que durante o ano de 2012 editou uma Portaria , disciplinando o acesso de visitantes ao Presídio.

Com Informações de Bob Charles

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