Quem observa a aparente calmaria de
fora das muralhas do presídio regional de Paulo Afonso, não suspeita que
no ambiente, onde pessoas cumprem pena por crimes cometidos nas ruas e
bairros da cidade, mulheres que se dizem ” namoradas”, “primas” e
“esposas” estariam entrando na unidade prisional para manter relações
sexuais pagas, com detentos.
As
falsas “amigas”, “esposas” e “primas”, que frequentam o presídio, são
suspeitas de serem mulheres agenciadas por aliciadores que mantém
relacionamento “amigável” com presidiários. O fato intrigante da
denúncia é que as mulheres que se apresentam como companheiras, primas e
amigas de presos, não estariam burlando o controle de segurança do
presídio.
Elas contariam com a conivência
involuntária de servidores públicos, sob o pretexto de propiciar ao
detento o direito da visita íntima, como prevê a Lei de Execuções
Penais, que teria como objetivo manter o vínculo familiar do apenado. O
meio de ressocialização acaba sendo a válvula de escape para o
cometimento de novos crimes.
Um agente penitenciário (que terá a
identidade preservada) confirmou os encontros sexuais pagos no presídio.
Segundo ele, a falta de rigor na triagem dos visitantes e a facilidade
de obter o passe livre para entrar no presídio são as principais causas.
”A facilidade na obtenção do documento de união estável e a concessão
da carteira de amiga incentiva esta prática que não é nossa atribuição
combater”, diz o agente.
Além das visitas “íntimas” , existe
ainda, o comércio de aparelhos de telefonia celular e chips de
operadoras diversas. De acordo com informação de dentro do presídio, os
celulares entrariam na Unidade em dias de visitação pela genitália das
visitantes, que recebem em torno de R$ 70,00 por aparelho (“mulas”).
Ex-Diretor do Presídio admite o problema
Procurado
pela reportagem, o ex-diretor Carlos Alberto Belíssimo, admitiu que o
problema pudesse estar acontecendo. O ex-gestor disse ainda, que no ano
passado várias permissões foram cassadas, depois da comprovação de que
estariam acontecendo casos de prostituição no presídio. “A investigação é
constante, mas pode existir a reincidência”, diz Belíssimo.
De acordo o advogado, a expedição de
credenciais para parentes dos presidiários é exigida, mas quando se
trata de amigos, não teria como pedir provas dos laços de amizade. “É
uma previsão legal, a visita de amigos.
No Presídio é realizado o
cadastramento de companheiras,esposas e parentes, com base em
documentos, mas quando se trata da comprovação de amizades, não temos
como fazer este controle com eficácia”.
Carlos A. Belíssimo informou que
enquanto gestor, não recebeu nenhuma denúncia a respeito do fato e que
durante o ano de 2012 editou uma Portaria , disciplinando o acesso de
visitantes ao Presídio.
Com Informações de Bob Charles
Com Informações de Bob Charles
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