terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cerca de 20 homens fortemente armados retiraram à força ocupantes Sem-terras em Antas-BA

20 homens fortemente armados retiraram à força os ocupantes (MST) da fazenda do Bispo Dom José Edson Santana Oliveira. Mulheres, crianças e idosos foram covardemente espancados. 

Antas: Sem-terras denunciam ação violenta em desocupação de fazenda de bispo católico
Cento e onze famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram retiradas, neste domingo (18), de uma fazenda localizada no município de Antas, no norte baiano, a 346 quilômetros de Salvador. A propriedade pertence a Dom José Edson Santana Oliveira, bispo diocesano de Eunápolis. De acordo com o coordenador estadual do MST na região, Luís Carlos Ferreira dos Santos, cerca de 20 homens fortemente armados retiraram à força os ocupantes e queimaram os barracos de lonas instalados no local. "Eles entraram no acampamento atirando para todos os lados, espancando mulheres, crianças e idosos, puseram algumas pessoas nos carros e levaram para um lugar deserto, espancando os mesmos e depois soltaram para vir a pé", denunciou o dirigente, que também prestou queixa na Delegacia de Polícia de Antas. 
O delegado Rodrigo Albuquerque ouve os camponeses desde a manhã desta segunda-feira (19). Conforme apurou o Bahia Notícias, policiais também foram enviados ao local para garantir a segurança dos envolvidos. Os integrantes do MST consideram a propriedade improdutiva e querem a inclusão da fazenda no processo de reforma agrária. Em contato com o BN, o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) cobrou do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) intervenção para evitar maiores conflitos na região. "A luta pela terra é um direito de todo trabalhador rural, assegurado na Constituição. O que não pode é este trabalhador ser ameaçado e agredido como vem ocorrendo nessas ocasiões. É preciso que a Justiça impeça esses abusos que vêm sendo cometidos", cobrou. Procurada pela reportagem, a assessoria de Dom José Edson informou que o religioso estava em atendimento e, por conta disso, não poderia se pronunciar sobre o caso.

BN

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