A dona de casa Geliane Pereira da Silva, 18 anos, foi presa na tarde
desta terça-feira em uma área rural do município de Iranduba, na região
metropolitana de Manaus, suspeita de ter degolado o filho de 8 dias de
vida e enterrado o corpo no quintal da casa onde morava. Segundo a
polícia, a suspeita cometeu o crime por medo do marido, que dizia que,
se ela estivesse grávida, o filho não era dele.
O corpo do recém-nascido foi levado para o Instituto Médico Legal (IML)
em Manaus, e a mãe da criança foi encaminhada para a 31ª Delegacia de
Polícia em Iranduba. Antes de seguir para Manaus, onde faria o exame de
corpo de delito, Geliane falou com o Terra de dentro da viatura. “Fiz
isso porque meu marido dizia que, se eu estivesse grávida, o filho não
era dele. Tive medo de ele me matar”, afirmou, com poucas lágrimas
escorrendo pelo rosto. Perguntada se sente arrependimento pelo que fez, a
suspeita se calou. Geliane garantiu que o filho era do marido. Geliane
da Silva foi autuada em flagrante por ocultação de cadáver e vai
responder a inquérito pelo crime de infanticídio. A Polícia Civil também
vai investigar outro possível infanticídio cometido pela suspeita.
“No local do crime, a avó paterna da criança morta nos contou que há dez
meses Geliane também estava grávida, mas disse aos familiares que,
quando foi dar a luz em casa, não havia uma criança, mas sim uma bola de
carne. Mas isso vamos investigar. Vamos conversar com o marido e com a
suspeita, porque pode ser que tenha havido um outro crime de
infanticídio”, explicou o delegado. A sogra de Geliane, a pescadora
Maria do Rosário Moreira, 54 anos, disse que, na primeira vez que a
suspeita disse não estar grávida, todos acreditaram. “Na época,
acreditamos na história dela porque o padrasto dela confirmou a
história. Mas, dessa vez, ela veio com a mesma conversa. Eu estou
arrasada. Espero que ela pague o que fez com meus dois netos”, afirmou a
pescadora.
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