quarta-feira, 8 de março de 2017

Dor e sofrimento: Sertanejos são expulsos de suas casas por conta da maior seca dos últimos 107 anos

Moradores de municípios do Agreste e do Sertão de Alagoas estão abandonando suas casas, na zona rural, para fugir da seca que castiga gravemente as duas regiões, em razão da falta de chuva.
Diferente do que ocorreu em décadas passadas, quando os retirantes eram pessoas muito pobres, agora o fenômeno climático atinge pequenos e médios produtores rurais que perderam tudo com a estiagem que está sendo considerada a pior prolongada da história desde o ano de 1910.
Na Região Nordeste, mais de 600 municípios já decretaram situação de emergência. Em Alagoas, 77 prefeitos decretaram emergência e 48 tiveram o reconhecimento por parte do governo federal. Em algumas cidades do Sertão não chove há quase dois anos.
Por conta disso, o êxodo rural cresce a cada dia em municípios como Monteirópolis, Palestina, Olivença e São José da Tapera, no Semiárido alagoano.
Acostumados com o trabalho no campo e na criação de pequenos animais, centenas de sertanejos alagoanos viram-se obrigados a largar tudo e buscar oportunidades de emprego em cidades do Sudeste e Sul do Brasil.
O governo de Alagoas lançou, no início deste ano, a segunda etapa da Operação Água é Vida, o maior programa de enfrentamento à estiagem no Estado.
Estão sendo perfurados mais 200 poços tubulares profundos e mais de 100 carros-pipas disponibilizados para atender emergencialmente os municípios que se encontram em situação de emergência.
Mas a falta de chuvas continua castigando as famílias de camponeses que vivem em cidades do Agreste e do Sertão de Alagoas.
Mais esforços
No próximo dia 13 de março, na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em Maceió, o ministro Helder Barbalho participará de uma reunião com os prefeitos de Alagoas a convite do senador Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado.
A pauta da reunião será marcada pelo debate em torno das medidas do ministério junto ao governo Renan Filho no combate aos efeitos da seca, a atuação de programas de desenvolvimento regional e um panorama sobre projetos de infraestrutura hídrica e irrigação no tocante às barragens, açudes e adutoras, além do andamento dos projetos do Canal do Sertão.
Há uma expectativa que em breve, o ministro Helder Barbalho assine a ordem de serviço para o início do trecho 5 do Canal do Sertão alagoano, orçado em cerca de R$ 400 milhões e com recursos já assegurados pelo senador Renan Calheiros junto ao presidente da República.
*Com informações do Diário de Arapiraca

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