quinta-feira, 12 de julho de 2018

Adustina - BA: Agricultor planta sonhos e colhe incertezas

Imagem: Lado esquerdo safra 2017. Do outro lado, safra 2018. Ambas na mesma área.

Mesmo diante de tantas dificuldades o agricultor persevera na luta diária em busca do seu devido reconhecimento. Para alguns somos os únicos responsáveis pelo desmatamento, poluição dos rios e destruição dos ecossistemas. No entanto, é da terra que sai o alimento que se encontra em sua mesa. São os agricultores e pecuaristas os responsáveis por abastecer a dispensa de sete bilhões de pessoas na Terra. Essa população tende a crescer, portanto, faz-se necessário que a produção agrícola também o faça. A produção agrícola de Adustina se encontra dentro deste cenário.

A safra 2018 do município de Adustina se encontra diante de uma séria crise. A produção tende a ter uma baixa significativa diante da falta de chuvas. Em algumas localidades como Umburana, Lagoa de Santana e Quixabeira a quebra de safra é de cerca de 80%. Ano passado a produção de feijão da lavoura em destaque foi de 12 sacas por tarefa. Esse ano, como a imagem muito bem representa, tem cerca de 50% da área com perca quase total.
Com a eminente quebra de safra teremos tempos difíceis. A economia da cidade gira em torno da produção agropecuária. A baixa produção consequentemente leva ao baixo consumo. Baixo consumo leva a desemprego em outras áreas da economia municipal. Como agravante desta situação estamos vindo de quebras de safra constantes. Os anos de 2012, 2014 e 2016 foram de baixa produção. Além da baixa produção 2014, por exemplo, o preço da saca de feijão foi inferior a R$ 100,00. Ano passado mesmo com a alta produção agrícola a saca do feijão e do milho foi vendida por um preço muito inferior ao ideal.

Diante destas informações, notamos as dificuldades encontradas pelo agricultor. Nem sempre São Pedro ajuda e quando ele ajuda os preços não contribuem. Essa é a sofrida vida do agricultor que como relatado no início do texto frequentemente é culpado como responsável pelo desmatamento, poluição dos rios e consumo desenfreado da água. Difícil essa vida de agricultor, mas a agricultura e a pecuária tá no sangue. O adustinense é por natureza agropecuarista.

Que os anos difíceis possa nos dá força para seguir em frente.


Por JOÃO LUCAS
Fonte: Portal Arce Cidadania

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