Um dia antes de completar 18 anos, um
jovem do Distrito Federal matou a ex-namorada, de 14 anos, com um tiro
no rosto. O motivo seria uma desconfiança de que a menina estaria
envolvida com pessoas de gangues rivais da região onde morava.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente
filmou a execução e divulgou o vídeo entre seus amigos pelo aplicativo
de troca de mensagens WhatsApp.
O rapaz, que não pode ter sua identidade
revelada por ser menor de idade no dia do crime. Fato ocorrido na
tarde do domingo (09). O acusado foi preso na manhã desta quarta-feira,
12, ainda com 17 anos,
e,
por isso, responderá pelo crime de acordo com o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA). Ele cumprirá medidas socioeducativas.
Em outro vídeo no WhatsApp, o rapaz
confessa ter assassinado Yorrally Ferreira. Ele conta que não queria
mais nada com a menina e por isso ela estaria “botando pressão” em
jovens de gangues rivais. “Vários já vieram falar comigo de que ela
estava falando que eu tava (sic) ameaçando eles, jogando conversa fora”,
diz no vídeo.
Frieza. Sem demonstrar
nenhuma emoção, o adolescente conta que atraiu a menina para o local do
crime ao chamá-la para fumar maconha. Lá, ele a pressionou para que
contasse o que estaria falando para os supostos rivais. Yorrally
implorou para não ser morta. Em seguida, o rapaz deu um tiro no rosto da
garota, que morreu na hora.
A mãe de Yorrally, Rosemari Dias da
Silva, contou que, quando sentiu o sumiço da filha, usou o GPS do
celular para tentar encontrá-la. O aparelho indicou que a menina havia
ido à casa do ex-namorado. A mãe foi até lá e conversou com o garoto,
mas ele negou que havia visto a adolescente. No entanto, Rosemari disse
que quando a polícia a procurou para informá-la sobre a morte da filha,
ela concluiu quem era o assassino. Yorraly foi enterrada na manhã de
ontem. A mãe passou mal durante o velório e desmaiou no momento do
enterro.
O assassino ficará internado por no
máximo três anos. Se tivesse mais de 18 anos, poderia ser condenado pelo
crime de homicídio qualificado e poderia pegar até 30 anos de prisão.
Ele está preso em uma unidade de internação para menores, conhecido como
Caje, em Brasília.
Fonte: www.otempo.com.br

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