Um
mês após o rompimento da barragem do Quati, que atingiu e inundou as
cidades de Pedro Alexandre e Coronel João Sá, na região nordeste da
Bahia, cerca de 160 famílias dos dois municípios ainda estão desalojadas
ou desabrigadas.
De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec),
a maior parte dessas famílias é de Coronel João Sá: 130. Elas estão em
abrigos porque tiveram as casas interditadas por risco de desabamento
e/ou necessidade de reformas estruturais.
O processo de pedido do aluguel social foi iniciado por 102 famílias na última semana, mas deve contemplar todas as 130.
Já em Pedro Alexandre, o número de famílias desalojadas é menor: aproximadamente 30. Ainda segundo a Sudec, essas famílias não estão em abrigos municipais, mas sim em casas de parentes.
A
superintendência disse ainda que o aluguel social não foi solicitado,
mas que a prefeitura está fazendo um levantamento sobre as famílias
afetadas pelo rompimento da barragem.
Não
há um prazo ou previsão de quando esses aluguéis devem ser
disponibilizados, por conta do processo burocrático de cadastro das
informações das pessoas. A Sudec detalhou que o valor depende da faixa de aluguel dos municípios e pode variar entre as duas cidades.
As
prefeituras dos dois municípios chegaram a decretar situação de
emergência e calamidade pública no mesmo dia do rompimento. A condição
foi reconhecida pelo Governo Federal no dia 12 de julho, dia seguinte à
ruptura.
A
dona de casa Vilma Santos, moradora do povoado do Quati – onde a
barragem rompeu –, conta que as famílias estão recebendo assistência.
Ela não precisou sair da casa onde mora, mas a irmã dela perdeu quase
tudo no imóvel.
“A
situação está ficando normal. Estamos recebendo assistência. Semana
passada mesmo eu recebi uma cesta básica. Muita gente perdeu a casa
inteira, como minha irmã, mas a gente está se virando em casa de
parentes. Só as estradas que ainda não aprontaram”, pontuou.
Na
cidade de Coronel João Sá, a situação é parecida. Apesar de muitas
famílias ainda estarem nos abrigos municipais, os moradores relatam que
recebem assistência da prefeitura.
“As
pessoas ainda estão nos alojamentos. As casas, algumas foram demolidas
para a construção de novas. Acho que todos receberam alimentos e
cobertores de doações”, descreveu Cristiano Pereira.
Algumas
estradas da região ficaram destruídas depois de serem atingidas pela
força da água. Ainda segundo os moradores, as estradas estão sendo
reconstruídas.
Fonte:Carlinosouza.com.br


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