sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Meteorologia prevê dias ainda mais secos na Região Nordeste


Meteorologistas de vários institutos divulgaram, na última sexta-feira (25), a previsão para os próximos meses na Região Nordeste, e concluíram que o período de chuvas pode não ser tão generoso nas áreas que mais sofrem com a seca. Um pouco de chuva, nos últimos dias, mudou a paisagem e o ânimo dos sertanejos em algumas regiões do Nordeste. “Alegria de agricultor é ver o chão molhado”, diz uma mulher.
Mas foi o oceano que deu aos meteorologistas a base para previsão de chuva dos próximos três meses no semiárido. A chuva se concentra, principalmente, em uma faixa de nuvens chamada Zona de Convergência. Ela tem permanecido sobre uma área do Oceano Atlântico longe da costa do Nordeste, onde a água está mais aquecida.
“Ela tende a migrar para posições onde o oceano está mais quente. O que a gente vem observando nos meses é que está sendo mantida essa condição de aquecimento. Então, se essa inércia continuar, isso desfavorece as chuvas aqui para a região”, explica Caio Coelho, meteorologista do CPTEC/Inpe.
No norte do Nordeste, onde ficam o Maranhão, Piauí e Ceará, a probabilidade de chover abaixo da média é de 45%. No restante da região há chance de chover um pouco mais.
O período de chuva em parte do Nordeste dura apenas quatro meses no começo do ano. Por isso, a previsão que foi divulgada nesta sexta é tão importante. Sem chuva agora, a população terá que esperar mais um ano e enfrentar todas as dificuldades de uma seca prolongada.
Diante da previsão pessimista da meteorologia, a coordenadora da ONG que articula ações para o semiárido diz que é preciso manter medidas emergenciais, como o abastecimento por carros-pipa e intensificar programas como a instalação de cisternas.
“A água dessa chuva, ainda que seja pouca, é possível guardar, e a gente tem experiência de agricultores pelo semiárido afora que, com a sua cisterna de placa para consumo humano, a primeira chuva, a segunda chuva já têm entrado nestas tecnologias e elas têm ficado armazenadas”, aponta Cristina Nascimento, coordenadora da ONG Articulação do semiárido.
(Fonte: Jornal Nacional)

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