Foto: Reprodução
Doze
anos após separação, Beth Caperclaro doou um rim para o ex-marido,
Claus Ziegelmaier, em Londrina, no norte do Paraná. “Como éramos esposo e
esposa, agora somos irmãos de sangue”, diz o transplantado. A cirurgia
foi realizada em 30 de novembro. Claus já deixou a Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) e agora está no quarto, se recuperando bem. Ele é só
gratidão ao falar do gesto da ex-mulher. “No começou eu levei até um
baque quando minha esposa falou, porque é um gesto de amor. Não de quem
menos espera, mas nós tivemos uma vida juntos e fomos separados pelo
destino, e o destino nos uniu de novo”, declarou Claus.
O casal ficou
junto por 17 anos, entre namoro e casamento. Os dois se separaram, sem
filhos e sem rancor. Ele se casou de novo e, há quatro anos, descobriu
doença que causou a perda da função dos rins. Passava por sessões de
hemodiálise três vezes por semana, quatro horas por dia. Os médicos
indicaram um transplante, e a família saiu em busca de doadores. Foi
durante essa busca que Amanda Ziegelmaier, a atual mulher de Claus,
encontrou Beth na rua. As duas já se conheciam e conversaram. “Foi um
dia que eu estava muito mal e conversei com ela. Ela queria saber como o
Claus estava e, neste dia, ela falou que queria pelo menos tentar fazer
o exame para ver se podia ajudar ele de alguma forma”, contou Amanda. A
ex-mulher fez os exames e descobriu que era compatível para fazer a
doação. Ela lembrou que não pensou duas vezes antes de aceitar ser
doadora e explicou as razões de ter tomado a decisão. “Por gratidão,
sabe? Dezessete anos junto com uma pessoa que nunca fez isso aqui de mal
[fazendo um gesto com as mãos]. Então eu acho que eu devia isso a ele
como agradecimento da pessoa que ele foi para mim no passado”, relatou.
Com o transplante, Beth ganhou uma nova família e, Claus, uma nova vida.
“Agora ele virou meu irmão, filho do meu pai (risos) filho do meu pai e
da minha mãe, deixou de ser genro para ser irmão agora”, brincou a
ex-mulher. Para a atual esposa de Claus, é difícil expressar tanta
gratidão. “Não existem palavras para agradecer o que ela fez. Ainda não
inventaram essa palavra. É uma gratidão que a gente vai levar pro resto
das nossas vidas”, definiu Amanda.
Fonte: Avozdocampo.com
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